A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a constante evolução das práticas de compliance, que se referem ao cumprimento das políticas de negócio e de atividades desenvolvidas pelas empresas, tornaram o mundo corporativo preocupado em garantir um ambiente ético e transparente nas negociações. Além disso, a evolução das práticas de compliance mudaram a forma como os colaboradores e executivos se portam dentro e fora da companhia.
Sendo assim, o Canal da Ética é um forte aliado para assegurar condutas éticas em conjunto com outras iniciativas, tais como a criação e adoção de códigos de ética e conduta e de políticas de conformidade.
Segundo pesquisa realizada pela Association of Certified Fraud Examiners, 46% das fraudes são detectadas por intermédio de canal de Ética, e 57,7% dessas denúncias são originadas por funcionários. Mesmo considerando que menos de metade das organizações possuía uma ferramenta formal de reporte, o que podemos inferir é que a fraude não é aceita de forma passiva, ao contrário, os que identificam fraudes tentam inibi-la mesmo sem um canal apropriado para tal. Entretanto, as empresas que possuem canal de denúncias observam 60% de redução nos montantes de fraudes detectadas, principalmente devido à identificação prematura das situações (ACFE, 2008).
A criação de canais de Ética para os funcionários e parceiros mostra-se como uma forte ferramenta de compliance, sendo relevante tanto para possibilitar a denúncia de atos antiéticos como para retirada de possíveis dúvidas sobre dilemas éticos, colaborando para o desenvolvimento e o fortalecimento do ambiente ético e para uma boa governança corporativa (KAYE, 1996).
Fontes: