Compliance no setor de saúde: a importância da conformidade

O Programa de Compliance é uma ferramenta capaz de identificar, prevenir e mitigar riscos de conformidade, principalmente no que se refere à prevenção à corrupção, e traz mecanismos de análise de riscos, controles internos, procedimentos, treinamentos, entre outras ferramentas capazes de propagar a ética empresarial. 

Uma empresa que não está em conformidade com leis, regulamentações e normas internas está sujeita a riscos de sanções legais, perdas financeiras, perdas reputacionais e um ambiente de trabalho antiético e isso não é diferente no setor da saúde.

Prejuízo causado pela corrupção e fraude na área da saúde

As notícias sobre corrupção na área da saúde não são poucas. Podemos relembrar o escândalo da “máfia das próteses” noticiado em 2015 e, para falarmos de situações mais recentes, podemos citar os inúmeros casos de fraude e corrupção que ocorreram durante a pandemia da Covid-19 que causaram prejuízos enormes. Além da perda financeira, os desvios éticos afetam a reputação e imagem das organizações e impactam na qualidade do serviço prestado e na segurança dos pacientes.

De acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), em 2017, quase R$28 bilhões dos gastos das operadoras de planos de saúde do país com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários. 

A corrupção e fraude são perpetradas pelas mais diversas condutas e por todos os agentes da relação (paciente – beneficiário do serviço -, médico, fornecedores, prestadores de serviço, operadoras de planos de saúde).

No ano de 2017, as operadoras de saúde gastaram um total de R$ 145,4 bilhões em despesas assistenciais. Porém, foi identificado que R$ 27,8 bilhões desse montante foram gastos com fraudes e desperdícios, representando 19,1% do total.

Dentre essas condutas podemos citar:

Na Cartilha de Fraudes na Saúde Suplementar disponibilizada pelo IESS encontramos a informação de que:  

“Entre 2002 e 2015, a Controladoria Geral da União (CGU) fez um levantamento que detectou irregularidades de desvio de dinheiro da saúde pública em aproximadamente R$ 5,04 bilhões, o que equivaleu a 27,3% do total de irregularidades em todas as áreas do governo. A principal fraude estava relacionada ao serviço farmacêutico. Levantamento da Funenseg (2006) também identificou que de 10% a 15% dos reembolsos solicitados pelos segurados foram indevidos; de 12% a 18% das contas hospitalares apresentavam itens indevidos; e de 25% a 40% dos exames laboratoriais não eram necessários. Como consequência, os custos dos procedimentos médicos acabaram gerando gastos cerca de um terço maior do que deveriam, impactando nas mensalidades e na inflação médica.”

Necessidade e importância de um programa de Compliance no setor de saúde

Diante de um cenário com tantos problemas a serem enfrentados e em uma área tão peculiar e com tantas especificidades, o compliance no setor da saúde se torna fundamental para trazer credibilidade às instituições frente a sociedade, combater as fraudes e corrupção e assegurar boas práticas de funcionamento do serviço de saúde, instituindo uma cultura de segurança e buscando diminuir danos e situações adversas aos pacientes.

Para tentar combater a ocorrência de fraudes e moralizar o setor, no início de 2019, a ANS (Agência Nacional de Saúde) publicou a Resolução Normativa 443/19, que estabelecia práticas mínimas de governança corporativa, com ênfase em controles internos e gestão de riscos, para fins de solvência das operadoras de planos de assistência à saúde. Tal Resolução Normativa foi substituída pela Resolução 518 de 2022.

Essa Resolução Normativa pode servir como diretriz para todo o setor, tendo sempre em mente a necessidade de implantação de algumas práticas para um programa de compliance eficiente.

Como exemplos de práticas de governança aplicáveis, também, ao setor da saúde, podemos citar:

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2013, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, se aplica aos serviços de saúde, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa e institui ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde. 

Em seu artigo 3º, inciso VI, a RDC 36 traz como definição de gestão de risco a “aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional”.

As organizações devem se atentar também à Lei Anticorrupção, às práticas concorrenciais previstas na lei 12.529/11, à Lei de Licitações, às normas publicadas pela ANVISA e ANS e outras relacionadas ao setor da saúde.

Como a Be te ajuda?

Para gerir a complexidade de um Programa de Compliance a Be possui a solução completa com uma Plataforma com uma metodologia própria que possibilita uma boa gestão de riscos, due diligence de possíveis parceiros de negócios, acompanhamento das atividades de um plano de ação, com um workflow e sistemas de alerta integrados, treinamentos e outras funcionalidades que trarão mais eficiência para a gestão do seu programa de integridade.

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